Traçado do Caminho Histórico actualizado
4 minutos de leituraCaminho Histórico: novidades por descobrir!
Com o projecto de construção do mega-parque solar do Cercal do Alentejo e a consequente instalação de linhas de muita alta tensão (LMAT), a Rota Vicentina viu-se obrigada a reavaliar o traçado das duas primeiras etapas do Caminho Histórico. Estas etapas, que ligam Santiago do Cacém a Vale Seco e Vale Seco ao Cercal do Alentejo, sobrepunham-se à área afetada pelas novas infraestruturas, exigindo uma mudança para garantir a qualidade da experiência dos caminhantes.
Porquê esta alteração?
A paisagem e a natureza são dois factores preponderantes na escolha dos trilhos da Rota Vicentina. O impacto visual e ambiental das LMAT nas etapas mencionadas era inegável. Um trilho que acompanha uma infraestrutura industrial desvia-se assim dos princípios da nossa oferta.
Como se fez a alteração?
Esta mudança envolveu algum trabalho de bastidores. Dividimo-la em três fases:
1. Levantamento e definição do traçado
Esta foi a fase do puzzle, juntando-se as peças existentes! Foi realizado um estudo detalhado das infraestruturas existentes, não só as novas LMAT, mas também outros trilhos pedestres, percursos cicláveis, estradas e linhas de alta tensão já presentes no terreno. Este levantamento permitiu uma compreensão clara das possibilidades de reconfiguração do Caminho Histórico, resultando numa proposta preliminar baseada em mapas e visitas ao terreno. Foi apresentada à Câmara Municipal de Santiago do Cacém, outras entidades relevantes e comunidade local.
2. Implementação do traçado no terreno
Esta foi a fase dos trabalhos manuais, mas um pouco mais pesado! Com o traçado já definido, a segunda fase envolveu a implementação física do novo caminho no terreno, com colocação de sinalética. Esta fase envolveu a pintura de marcas, colocação de infraestruturas como postes com marcas, setas, placas de aviso e painéis com a nova informação.
3. Atualização dos materiais físicos e digitais
Simultaneamente, as actualizações de todos os materiais sobre os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina foram sendo actualizados. Isso incluiu mapas físicos, guias, informação actualizada no site da Rota Vicentina, com tracks GPS. O caminhantes podem planear a sua viagem, com toda a informação actualizada.
O resultado: uma experiência melhorada!
Com o novo traçado, a Rota Vicentina reafirma o seu compromisso com a qualidade paisagística do trilho. O desvio não só minimiza a interferência visual das LMAT, como também permite conhecer novos trilhos!
A nova época de caminhada está prestes a começar!
Se anda com saudades de calçar as botas e deixar-se guiar pelas marcas dos trilhos: a nova época de caminhadas está já aí à porta. Nada como começar a nova temporada a explorar este novo caminho.
?? etapa Santiago do Cacém » Vale Seco
?? etapa Vale Seco » Cercal do Alentejo
Então, o que está à espera? Descarregue os tracks atualizados, consulte o Guia de Campo (versão e-book aqui) e venha caminhar nestas novas duas etapas do Caminho Histórico!
Na verdade, tem muito mais opções: da costa ao interior, no Alentejo e no Algarve, com distâncias curtas e outras longas e ainda níveis de dificuldade “à la carte”.
E se tiver alguma sugestão, reclamação ou simplesmente quiser dizer olá, estamos aqui para o ouvir. Caminhar na Rota Vicentina é uma aventura, e nós garantimos que é de de cortar a respiração (pelos bons motivos, claro!).
Irene Nunes nasceu em França, em 1986. Formou-se em Relações Internacionais, mas foi no Ecoturismo e Educação Ambiental que encontrou o seu caminho. As várias experiências de turismo, natureza e cultura inspiraram o seu percurso e trouxeram-na até ao Sudoeste de Portugal, onde é, desde 2017, responsável pelas áreas de Trilhos Pedestres e Voluntariado na Associação Rota Vicentina.
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